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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Em meio a tantas folhas secas.


___ Ao atravessar a porta e sair para a calçada, um vento frio me cortou. Por impulso, fechei o meu casaquinho de linha, abotoando-o por um só botão. A paisagem estava em tons de laranja, marrom e amarelo, afinal, o outono chegara. Em cada passo que eu dava, ouvia o estalo das folhas secas no chão. Com aquele friozinho que estava fazendo, sentia que a minha pele estava mais branca do que nunca, e consequentemente, gelada. O vento mexia os meus cabelos, jogando-os para trás mostrando mais ainda a minha pele clara. O sol já estava alto, e entre as árvores, iluminava parcialmente as folhas que estavam caidas no chão. Na casa do lado, a janela do quarto dele estava com a cortina fechada; provavelmente ainda estava dormindo, afinal, não é todo mundo que acorda no mesmo horário que eu.
___ Infelizmente hoje era dia de eu varrer as folhas secas da entrada. Confesso que essa é a pior das tarefas, ter que ficar ali varrendo aquelas folhas secas e amarronzadas, que um dia já foram tão verdes quanto o lápis de cor que eu usava no jardim de infância. Peguei o rastelo e comecei a juntar as folhas em pequenos montinhos, para depois queimá- las. Olhei para a janela dos Stheiner novamente e dessa vez já estava aberta. Por mais que a distância de onde eu estava até a janela dele fosse relativamente grande, dava para ver alguns detalhes do quarto, como a parede branca e alguns posters colados nela. Ele saiu na sacada, esticou os braços e deu um breve bocejo e quando me viu, acenou, sem graça. Retribui o cumprimento, por educação, e continuei varrendo as folhas.
___ Certos 10 minutos se passaram e vi que ele saiu para a calçada, agora sem o pijama, vestido com um jeans e um moletom cinza; e o cabelo ainda um pouco bagunçado. Deu alguns passos, que foram suficientes para ele chegar até a divisa dos nossos terrenos, onde tinha uma cerca e debruçar sobre ela, me observando varrer as folhas. Lancei um breve olhar para ele, que disse: "Oi". Devolvi a saudação e então ele se calou.
___ "Tudo bem?" ele disse. Respondi que sim e perguntei se ele estava bem, recebendo dele uma resposta afirmativa. Finquei o rastelo no chão me apoiando, respirei fundo de cansaço. Olhei para ele, que me deu um sorriso. Um chamado vindo de sua casa o fez se despedir de mim e ir embora. Fiquei olhando-o até que o visse atravessar a porta. Olhei para o céu e entrei para casa, sem saber mais um vez, nem sequer o seu nome.


Beijos e me liga para contar das suas folhas secas :*


PS: Leia a primeira parte aqui :)
PS2: Desculpem a demora para postar, é que as aulas já começaram e agora ficou meio puxado para postar sempre :/
PS3: Comente, deixe a sua marquinha :)

8 comentários:

  1. Aaaah mano >< nao te falo nada viiu. quando vc escrever um livro lembra de me colocar na historia enh SHAIUSHAU ...

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  2. Tem um selinho para você no meu blog! http://ihopebythetime.blogspot.com/p/selinhos.html

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  3. muuito legal a história!! gostei, nossa heim escritora Yasmim!
    flor adorei ler, beeijo

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  4. As minhas folhas secas estou jogando pra baixo do carpete, um dia eu usarei elas pra algo.

    bjbj

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Nossa que profundo!! Adorei!!

    beijos prima

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  7. Amei o jeito que você escreve, vou acompanhar essa história. Estou seguindo o blog, espero que me siga.

    Bjs

    http://tvfabulous.blogspot.com/

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Não leio mentes ainda, então não vou saber o que você achou a menos que comente.