
__Acordei do nada, com a claridade da lua que entrava por uma pequena fresta da cortina do meu quarto. Olhei para o lado, e para minha sorte, a luz batia exatamente no relógio, o que me facilitava ver a hora. Os ponteiros anunciavam que ainda eram 4:30 da manhã. Pensei em ficar ali, estirada na cama, esperando a hora passar mas me parecia um pouco assustador ter que aguardar por quase duas horas, até que o sol nascesse.
__Me sentei na cama e coloquei os pés no chão, o que fez meus olhos procurarem loucamente pelo chinelo, afinal, te garanto que a madeira do chão já esteve menos fria. Calcei meus sapatos e, na ponta dos pés para não fazer nenhum ruído, me dirigi a cozinha. Peguei um copo e o enchi até a metade, a sede me matava. Coloquei-o já vazio na pia, fazendo um barulhinho estridente do atrito do vidro com o alumínio da cuba.
__Devo ter ficado uns 5 minutos talvez, observando as árvores balançarem com o vento, do lado de fora, através da janela. Abri a porta que dava o acesso da cozinha ao terraço, saí e em seguida fechei-a, sentando nos degrais e me recostando na madeira fria da porta. Estava confortável lá, a brisa estava relativamente refrescante e dali dava para ver, entre alguns galhos e folhas das árvores, a rua de trás da minha casa.
__Alguns carros já começavam a passar, poucos. Me encolhi, deitando a cabeça em meus joelhos, pois o vento já indicava estar esfriando. Uma vez ou outra a brisa soprava mais forte, fazendo meus cabelos se entrelaçarem e mostrando que no dia seguinte teria que passar alguns bons minutos em frente ao espelho, desembarando-os.
__Alguns carros já começavam a passar, poucos. Me encolhi, deitando a cabeça em meus joelhos, pois o vento já indicava estar esfriando. Uma vez ou outra a brisa soprava mais forte, fazendo meus cabelos se entrelaçarem e mostrando que no dia seguinte teria que passar alguns bons minutos em frente ao espelho, desembarando-os.
__Olhei para o lado e vi uma janela, com a luz acesa, na casa do vizinho. Não sabia ao certo qual cômodo da casa era aquele, e muito menos quem estava lá, mas desconfio ser do filho mais velho da família Stheiner. Era um cômodo que possuia uma sacada, da qual eu tenho certeza que dava para ter total visão do meu terraço, e inclusive de quem estava nele. Como concluí isso? Simples. __Uns 5 minutos depois de eu estar observando, alguém saiu para fora, na sacada. O garoto -sim, era alguém do sexo masculino- de estatura média-alta, com um pijama azul claro, sorria para mim, ali de cima. Não retribuí de forma alguma, afinal, não fazia idéia de quem fosse. Vi que ele entrou, mas rapidamente saiu, e dessa vez com um cartaz nas mãos, que esticou em minha direção, mostrando o que estava escrito: "O que está fazendo aí?"
__Respondi com gestos, dizendo que nem eu mesma sabia o que estava fazendo ali. Ele riu. Deu uma gargalhada breve, mas que mostrava ter visto graça no que eu havia 'dito'. Dei um sorriso e ele me retribuiu com outro. Olhou para o céu, e no impulso eu também olhei. Vi que o dia já estava clareando, levantei-me, meu olhos se fixaram nele, que me acenou com a mão direita, em um gesto de tchau. Acenei e entrei.
Beijos :*
PS: Minha inspiração estava boa hoje :D
PS2: Comente, deixe sua marquinha aqui :)