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sábado, 20 de abril de 2013

O que esperar (ou não) do futuro.

             Um dia desses, na saída da escola enquanto esperava minha mãe, comecei a reparar na quantidade de pessoas que assim como eu, também estavam indo embora. E também como eu, estavam ali porque queriam fazer alguma coisa da vida. Certo? Espero que sim.
            Se eu não me engano, minha escola deve ter cerca de 400 pessoas distribuídas nas três séries do Ensino Médio. Já pararam para pensar? São 400 pessoas juntas! E todas elas têm um sonho, uma vontade, uma aspiração pro futuro. Pelo menos é o que eu acho e espero. Tenho certeza que entre todo aquele monte de gente, pipocarão professores, médicos, advogados, dentistas, engenheiros, físicos (em menor quantidade, porém ainda assim físicos), publicitários, jornalistas e mais uma porção enorme de profissões que alguém pode seguir.

LargeE eu, como um ser bastante curioso, fico me perguntando como é que cada pessoa decide o que vai querer fazer para o resto da vida; e, paradoxalmente, me pergunto também como é que existe gente que, aos 45 minutos do 2º tempo, ainda não sabe qual caminho deseja traçar. Escolher uma profissão não é uma coisa assim tão fácil, concordemos. E a ideia de você ter 18 anos e ser praticamente obrigado a escolher o que quer fazer pelos próximos 40, no mínimo, não me agrada. Talvez por eu ser uma pessoa que oscila demais de opinião, de vontade, de aspiração, morro de medo de mais tarde descobrir que aquilo que eu escolhi não é exatamente o que eu quero. E o pior: inconstante como sou, imagine só se a cada 5 anos eu quiser mudar de profissão? Não dá. Mas ao mesmo tempo amo a área que desejo seguir e imagino (me dói o coração este "imagino") que esse seja o meu futuro mesmo.
           Mas voltando a falar dessa história de oscilar quanto à profissão, acredito (e espero) que todos já tenham passado por isso. Já quis ser um monte de coisa. Quanto tinha uns 5 anos, como toda criança, quis ser professora; hoje repudio a profissão simplesmente pela precária condição de ensino existente no país, tanto na rede pública quanto na privada. Por volta dos 10 anos, enfiei na minha cabeça que queria fazer Moda e não havia quem me fizesse mudar de rumo. Dali até recentemente, punha minha mão no fogo dizendo que tinha nascido para fazer Psicologia; porém, quando não se tem muita noção das coisas, parece que tudo é simples. Acabei descobrindo que o curso era um dos mais concorridos da minha cidade e me dei conta do quanto eu teria que me esforçar por uma coisa que eu ACHAVA que era o meu futuro. Depois que comecei a escrever no blog, há 3 anos, conheci um lado meu que até então estava escondido e eis que fui apresentada à uma profissão que eu nunca havia considerado antes: o Jornalismo. E novamente, como tudo na vida não é um mar de rosas e o meu tão adorado curso não é lá tão fácil assim de se entrar (e se encontra há uns 250km de mim), escolhi Linguística como minha válvula de escape para o caso de nada mais dar certo.
Tumblr_livbvgufa91qzyrj3o1_500_large          Mas entre a época  da Pedagogia, da Moda, da Psicologia e das Comunicações Sociais, já tive outras vontades como Medicina; não adianta, tenho certeza que 80% da população já teve o sonho enrustido de desfilar por aí com o jaleco branco e o estetoscópio pendurado no pescoço. Também já quis ser veterinária, mas choraria com o primeiro animal doente que aparecesse na minha frente. 
          "Ok, você quis ser médica, mas para a Veterinária você não tem coragem?". Isso mesmo, tenho mais pena dos bichinhos do que de gente.
           Já me imaginei sendo aeromoça e meu pai queria que eu fizesse Engenharia Aeronáutica. Até porque este último tem absolutamente tudo a ver comigo, tirando a parte do "engenharia" e do "aeronáutica". Mas notei que eu nunca fui uma pessoa 100% sã quando percebi que eu sempre quis, por ser bastante curiosa, trabalhar em um necrotério. Enquanto a maioria das crianças queria ser astronauta, eu queria mexer com gente morta. Pode parecer estranho, e com certeza parece, mas sempre achei uma profissão fantástica simplesmente por ter o incomum como instrumento de trabalho e por este ser sempre uma caixinha de surpresas; você nunca sabe o que encontrará no dia seguinte. Ainda continuo querendo, mas acho que o Jornalismo me garante uma posição melhor na sociedade.
        Para finalizar esse monte de blábláblá que você acabou de ler, deixo meus sinceros votos: se você ainda não sabe o que quer, espero que faça uma boa escolha. Se você já está cursando a faculdade, espero que esteja fazendo uma boa decisão; e se você já terminou os estudos, espero que esteja satisfeito com o que fez. E eu fico por aqui, torcendo os dedos e fazendo mil rezas para não mudar de opinião até o dia do vestibular.

Beijos e me liga para contar o que você quis ser quando crescesse :*

Olá! Quis transformar o assunto que tem feito parte de 90% das minhas rodas de conversa e de metade do meu dia em texto/crônica/seja-lá-o-que-é-isso. Espero que tenham gostado! Mas agora quero saber de você: se tiver na faculdade, deixe para mim nos comentários o que você tá cursando. Se não, deixe o que tem vontade de seguir. Vou amar saber o que vocês fazem da vida!

18 comentários:

  1. Quando a gente é criança os adultos perguntam o tempo todo: O que você vai ser quando crescer. Bailarina, cantora de uma banda de rock, astronauta e no fundo eu descobri minha resposta, quando eu crescer quero ser eu, nada mais que isso. Quando crescer seria uma adulta. Parece bem bobo falando assim, mas faz sentido pra mim.

    Ainda não estou cursando a faculdade, mas já me decidi por Letras. Eu acho a faculdade muito importante, mas não é algo decisivo, e se mudar de ideia, mudou oras, mesmo que não seja tão simples. Eu penso como o Raul quando cantou "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Te desejo sucesso na sua escolha, esse é um momento difícil, mas acredite, piora depois da faculdade rs, ou não.

    Beijão, querida.
    www.semprovas.blogspot.com

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  2. Com certeza a pergunta que tem me atormentado nos ultimos tempos, 'O que eu quero pra mim?' Já to no segundo ano do ensino medio e quando me perguntam eu ainda digo que nao sei o que quero... seila, tenho um pouco de medo de dizer o que eu talvez queira, e frustar as expectativas minhas e da pessoa... Já fiz uma porção de testes vocacionais na internet e em revistas, dão sempre as mesmas coisas, porém esse mesmo medo, se eu começo algo e depois descubro que nao é isso que eu quero... Eu me acho uma pessoa com pouca noção de mundo, acho que eu tenho pouco tempo e muito a progredir, to começando agora a digamos que 'estudar' realmente, um pouco tarde, mas antes tarde do que nunca. Eu quero e preciso acreditar mais em mim ... Acho que é uma coisa muito importante.
    Beijos, adorei o post !
    mywordfashion.blogspot.com

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  3. Tenho só 14 anos e já sofro com isso :p
    Sou MUITO indecisa, então como escolher algo pra vida toda? Eu sempre vejo na TV quando está tratando desse assunto que você pode mudar de escolha quando já estiver lá, cursando aquela tal de faculdade, e eu tento imaginar o que esse povo tem na cabeça... Claro, mudar de desejo, sim, mas escolha já é bem complicado no cotidiano, imagine quando se tem que determinar o nosso rumo, literalmente.
    Já pensei em ser professora, médica, estilista, astrônoma (#aLoka), jornalista, algo relacionado ao curso de Letras, mais recentemente à História... E continuo indecisa.

    Bem, achei ótimo o seu texto. O blog todo na verdade!

    Abraço.
    @moniqueQuimbely
    sete-viidas.blogspot.com

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  4. Hum... interessante tudo isso. Não vou dizer que não, já passei e ainda passa por todas essas dúvidas até hoje.
    Eu tenho 20 anos e estou no 3° ano de direito. Não era o que eu queria, fiz por pressão . Meu desejo era como o seu, jornalista. Mas aí com a pressão cotidiana, não pude fazer, e no final do meu 2° ano de faculdade, descobri o quanto sou apaixonada por psicologia.
    Não há estudo que seja fácil, mas acho muito gostoso essa diversidade de gostos. É assim que funciona a vida.
    Quando eu terminar Direito, vou fazer psicologia, e assim que terminar, farei jornalismo.
    Eu trabalho com meus pais. Meu desejo mesmo é tocar o negócio da família pra frente, estudar é hobby aqui.


    Identidade Aleatória

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  5. Acho que todos passam por isso, não tem como você não sentir certa pressão... Eu, por exemplo, sempre pensei em fazer medicina veterinária e acabei fazendo ciência da computação. Fui uma escolha minha e não me arrependo dela, aliás, sou apaixonada pelo curso que faço. Meus pais queriam que eu fizesse direito, mas optei por algo que eu gosto, por isso acho que devemos tentar escolher o que gostamos, parece uma coisa clichê, mas você vai passar sei lá, quatro, cinco, anos, fazendo algo que não gosta na facul apenas por agradar os pais? Irmão? Namorado? Sociedade? Não, isso não rola comigo.
    http://osonhodeumaflauta.blogspot.com.br/

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  6. Já quis fazer jornalismo, tinha isso em mente até metade do ano passado, mas acabei desistindo. Durante uns 3 anos, decidi que iria cursar algo na área de TI (possibilidade que, apesar de tudo, está voltando a atormentar minha mente). Estou fazendo cursinho pré vestibular, e estava decidida de que iria prestar letras, porém, N coisas estão me fazendo mudar de ideia (o que é uma pena). Talvez eu fique mesmo na área de TI, já que trabalho com isso.
    Beijos

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  7. É fogo essa fase de escolher o que quer fazer. Eu queria ser publicitária, ai desisti pra fazer Direito, e hoje em dia acabei cursando administração. Gosto da área, é uma coisa que serve pra mil outras coisas, e tem várias coisas legais pra se especializar. Pretendo me especializar em marketing, mas vamos ver como a coisa toda vai rolar daqui pra frente.
    ÓTIMO texto. beijo.

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  8. Ah!Como você escreve bem!Você daria uma ótima jornalista!

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Eu, uma Relações Públicas recém-formada que ainda sonha fazer Jornalismo. Hahahaha, também já quis ser muitas coisas, mas desde que comecei a ter o mínimo de juízo, sempre soube que queria algo relacionado à Comunicação. Com 13 anos, eu era apaixonada por bastidores de programas de televisão e queria ser diretora de um. Com 14, comecei a achar que Publicidade ou Jornalismo seriam as coisas mais próximas da TV que eu poderia escolher. Dos 15 em diante, passei a enxergar o Jornalismo como uma possibilidade não pela TV simplesmente, mas pela minha paixão pela escrita.
    Hoje, bom (cof, cof), eu ainda não sei o que dizer sobre o meu futuro, hahaha. Acho que vou seguindo com a profissão que tenho, realizando alguns sonhos e Deus é quem sabe o que será. :)

    Ps: também acho um absurdo ter de decidir esse tipo de coisa aos 18. É muito cedo, estamos passando por uma série de conflitos, exigências, mudanças... Uma tortura. Nunca me conformei com isso.

    Beijos, querida!
    Saudades de você e do seu blog.

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  11. Bah, eu já passei por vários cursos que queria fazer também, mas nunca quis trabalhar num necrotério '-' haush' Nem em medicina, taí uma certeza que eu tinha, eu nunca vou me dar bem como médica ou trabalhando na área de direito também, iria querer ser subjetiva e não iria dar certo --'
    Hoje faço Letras com Habilitação em Lingua Portuguesa na Federal da minha cidade, depois de ter tentado dois anos Arquitetura (What?) e ter quase feito Moda em uma faculdade particular. rs Eu amo tantas áreas de vários cursos que demorei um pouco pra me encontrar. Ainda estou no comecinho do curso, mas até agora gostando muito, surtei quando vi a Matriz curricular do curso, mas surtei de felicidade *_____________* haah' Espero ter feito a escolha certa também, mas qualquer coisa eu trabalho na área do meu curso técnico, que é design de interiores (WHAT?).haushaus' Sou eclética quanto aos meus gostos '-'

    Beijos e espero que não mude de ideia até o vestibular, e se mudar, que seja a escolha certa <3

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  12. Eu formada em administração que passou em segundo lugar num vestibular pra biologia mas que descobriu já tarde querer mesmo é jornalismo e vai prestar no fim do ano. uhushushsu
    E não trabalho na área de administração, é um saco!

    Beijos

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  13. Poxa, eu quis muitas dessas coisas também. Inclusive medicina. Acontece que acabei descobrindo algo que eu mesma nunca tinha me imaginado fazendo: Engenharia. Então no momento estou cursando Ciência e Tecnologia na universidade da minha cidade (UFERSA) e, quando terminar os 3 anos de curso, pretendo ingressar em Engenharia Civil.

    P.S.: Eu gostei da sua escolha.

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  14. Super me identifiquei... queria ser professora hihi, depois teimei em ser MANICURE rs, tive uma queda por veterinária, teimei que era medicina e acabei fazendo Direito, e ó: não me arrependo nadinha. A verdade mesmo é que leva um tempo pra gente descobrir quem é e o que quer. Quer uma dica? Arrisque! :)

    vivapaulatinamente.blogspot.com.br

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  15. Oi, Yasmin

    Pois então, la vamos nós para um grande comentário HAHAHAHAHAHAHAHA. Vou tentar resumir minha lida até entrar a faculdade. No inicio do terceirão, queria odonto, no segundo bimestre, mudei em definitivo para arquitetura e urbanismo (contradições é minha especialidade).

    Voltei todas as minhas forças para matemática, física e desenho, porque tinha prova pratica de desenho no vestibular. Então, comecei a vida de vestibulando, porém, TODOS OS VESTIBULARES ERAM MUITO CONCORRIDOS, eu estudava até meu figado sair pela boca, vivia em prol disso, mas chegava no dia do vestibular, ficava doente e meu rendimento na prova caia 90%.

    Terminei o ensino médio sem uma vaga na faculdade. Então fui para o cursinho, porque o sonho não podia morrer, mesmo eu quase entrando em colapso por causa disso. Minhas forças ainda eram voltadas para arquitetura. Fiz 6 meses de cursinho e mais 1 mês e meio em outro, resumindo: não passei porque não conseguia controlar meu nervosismo.

    Em outubro (eu acho) de 2007, fiz vestibular pra matemática, numa publica, e passei numa posição muito boa, me enchi de orgulho e desisti de arquitetura. Aí, me apareceu uma amiga que fazia veterinária, numa faculdade privada. Fiquei com vontade e curioso, porque adoro animal etc etc etc. Resumindo mais uma vez: em menos de 1 mês já tinha feito vestibular nessa instituição, passado e me matriculado.

    Em 2008 minha vida de estudante universitário começou. Tempos depois, conversei com um amigo que fazia arquitetura, e olha, foi a melhor coisa que fiz, porque se tivesse insistido e passado, ia me decepcionar muito, porque arquitetura não era metade do que eu pensava ser.

    Então, em 2010 criei meu blog, e descobri isso de redes sociais etc etc etc. Gostei de tudo. Me descobri gostando de escrever, mesmo não fazendo isso muito bem. Ano passado terminei veterinária, ainda tou desempregado (e desesperado), porém, penso, daqui dois ou três anos, fazer uma segunda graduação. E o que mais vejo em colegas que terminam uma faculdade, é a vontade de eles em cursar outras, e isso não é errado ou desistir do primeiro sonho, bem pelo contrário. Que culpa temos de sermos pessoas multidisciplinares que gostam de varias áreas, não é mesmo?

    O conselho que te dou é: não se prenda na ideia fixa que a primeira graduação terá que reger seus próximos 50 anos de vida. Você poderá, sim, fazer outras faculdades, ser feliz e realizada tendo mais de uma profissão. A vida da gente começa depois dos 45, até la, veja o tanto que da para estudar e se especializar. O que você não pode é se fechar para possibilidades, a vida da gente é uma eterna mudança, e a gente não pode deixar requisitos impostos, impedir-nos de evoluir do jeito que A GENTE ache certo. O certo na vida é você estar feliz. Se conseguir se realizar na primeira graduação, ÓTIMO, vá atras de uma pós, mestrado etc etc etc. Mas se tiver vontade de se aventurar em outras áreas, vá atras, não desista e lute pela sua capacidade de gostar de varias coisas ao mesmo tempo.

    Desculpe pelo comentário gigante, mas entendo o seu jeito de pensar, eu era assim e mudei meu ponto de vista só quando entrei a faculdade e conheci pessoas novas, adultas e livres para pensar.

    Beijo.

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. Olá, "Sophia", sou fã incondicional das suas postagens, se reparar pela data em que escrevi este comentário verá o quanto ando desatualizada quanto a isso, a causa seja o curto espaço de tempo para tal, curso enfermagem em uma universidade estadual da Bahia, esse não foi o meu primeiro sonho, sonhava com a tal medicina quando mais nova, mas alguma coisa me chamou atenção em enfermagem, poderia ser que estudasse mais ou quem sabe mais adiante concretizasse esse "sonho" da medicina, mas sabe aquelas coisas de destino, pois é, assim foi com o meu curso alguma coisa me chamou atenção, e hoje sou apaixonada pelo que faço, é lindo cuidar, essa coisa humanística da enfermagem de enxergar o outro por completo, enfim, sou feliz com o curso que escolhi, futuramente pretendo me especializar, mestrado, doutorado. Mas uma coisa que gostaria de deixar registrado aqui é o quanto você é intima das palavras, o quanto você aparenta ter comunhão com elas, não sei qual carreira decidirá seguir, mas, antes de tudo, saiba que tem um grande talento com as letras e espero futuramente me encontrar debruçada lendo um livro seu. Parabéns e espero que encontre uma profissão que você se sinta apaixonada. Beijos.

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Não leio mentes ainda, então não vou saber o que você achou a menos que comente.