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segunda-feira, 16 de julho de 2012

A tal da faxina interior.


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      Nunca fui de gostar de faxina. Sempre odiei essa coisa de tirar tudo do armário e ter organizar, escolhendo o que eu deixaria e o que eu mandaria pro saco de lixo. Meu maior pavor são as férias, quando minha mãe sempre vem de mansinho na porta do quarto e solta como quem não quer nada um "cê não acha que tá precisando dar uma ordem nas tuas coisas?".
      Sou desorganizada, não gosto de arrumações e odeio ter que me desfazer das minhas coisas, inclusive das que eu não uso há tempos. Acho que esse defeito tem papel na minha vida bem além de quando o assunto são coisas materiais. Nessa parte, os objetos e as pessoas não têm lá tantas diferenças assim na minha vida...
       Tenho um armário cheio de pessoas que eu não uso mais. "Pessoas que eu não uso mais" soa um tanto quanto forte, quer dizer, pessoas que não fazem mais tão parte assim da minha vida. Não arrisco abrir a porta desse armário por puro medo do que pode sair dali, ou pior, por medo de ser soterrada com a quantidade delas que estão apertadas e disputando por um pedacinho a mais lá dentro. Ah, não abro e também não deixo que abram por mim. Acredito até que haja pessoas lá que eu nem me lembre mais ou faça ideia de que estão ali. Tudo porque sofro de um problema: o desapego. Pode parecer sem pé nem cabeça eu continuar guardando tanta gente assim mesmo que já não façam mais diferença alguma pra mim, mas é que, como já disse, não gosto de me desfazer das coisas.
       Eis que eu tomei coragem pra fazer essa arrumação. Juro que pensei que seria pior abrir o armário, mas veja bem, não estou dizendo que não tenha sido ruim. Olhei um por um que estava lá dentro, limpei todos eles e coloquei-os do lado até que decidisse o que faria. Separei os que, por força do apego, não consegui mandar embora e botei-os de volta ao armário. O resto? Foi pro saco.
      Pensei duas vezes se deveria pô-los no cesto de recicláveis ou no de lixo orgânico. Mas sabe de uma coisa? Chega de gente reformada, reciclada e refeita na minha vida. Quero pessoas novas, rostos novos, amizades novas e tudo de novo que eu mereça. Essa minha decisão resultou num cesto de orgânicos tão cheio que só vendo!
       Por mais incrível que pareça, a gente odeia faxina, mas quando a fazemos é que percebemos o quanto elas são necessárias. Tô leve, tô feliz, tô de armário desocupado!

Beijos e me liga para contar das suas faxinas :*

PS: Comente, deixe sua marquinha aqui :)

domingo, 1 de julho de 2012

Sobre homens, brinquedos e feminismo.


Greene-milton-h-marilyn-monroe-4800140_large     Essa semana presenciei pelo menos uma dúzia de acontecimentos que me deixaram bastante impressionada; cheguei até a culpar a fase da lua, porque nada justificava tantas amigas minhas sofrendo num mesmo período de tempo. Pensei que deveria escrever sobre isso, portanto o post de hoje vai ser um pouco diferente dos comuns. Estipulei algumas instruções antes que comecem a leitura, porque julguei necessário.




Instruções:
1. Se você está solteira, vá em frente e boa leitura.
2. Se você está namorando/noiva/casada, pense em um homem que te fez de gato-e-sapato no passado. Pensou? Agora pode começar o texto.
3. O termo "homem" usado durante todo o texto é bem generalizado, muito embora haja exceções.
4. Releia com atenção o item 3.
5. Se você é homem, sugiro que feche a janela. Se ainda está lendo isso, peço que contenha seu ódio.


      Se eu te pedisse pra completar a frase: "homem é um ser muito _______.", qual adjetivo você usaria?
      Ok, tenho certeza que você não foi generosa na palavra. Não tiro sua razão, afinal, você provavelmente deve ter sofrido de alguma desilusão amorosa e por isso tem essa opinião. E se você que está lendo, usou alguma palavra bonitinha e nunca sofreu tombo nenhum, não tenho boas notícias: uma hora isso vai acontecer.
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     Deixando de lado a discussão Homens x Adjetivos de baixo calão, aposto que todo mundo já se perguntou se o problema era consigo mesma frente a alguma situação de coração partido ou coisa do tipo. Vou direto ao ponto: a verdade é que homem gosta de mulher que não pensa. Simples.
     Quer uma explicação óbvia? Vamos lá: além de terem volume entre as pernas, eles têm um orgulho inchado e o ego mais inflado possível. Diante de uma mulher pensante, com opinião própria, cabeça feita e muitas outras coisas de maior importância além de cabelos loiros, peitos grandes e bundas exageradamente enormes, eles se sentem ameaçados. Natural de qualquer ser humano se sentir pequeno frente a alguém com potencial igual ou maior que o alheio.  Em suma, diria que homens gostam mesmo é que sejamos pequenas o suficiente para caber na palma de suas mãos e comer ali.
     É mais saudável para o ego e orgulho masculino que as mulheres lhe sejam submissas, não pensem, não questionem, apenas ouçam, abaixem a cabeça e fiquem caladas. Bastante clichê, até mais do que eu gostaria que fosse e apesar de ter certeza que muitas já sabem que a verdade é essa, ainda encontro garotas grandíssimas se esfarelando pelos cantos por causa de algum mal-crescido que ainda acha que mulheres são como um dos bonequinhos articulados de sua coleção. Peço somente uma coisa a ambas as partes: acordem. Por favor. Mulheres, percebam que você merecem mais. Homens, voltem para os seus brinquedos.
     Desabafo feito, alma mais leve, recado dado. Missão cumprida.

Beijos e me liga pra dar a louca e bancar a feminista :*

PS: Não, não fui chutada ou algo do tipo, muito pelo contrário. Apenas fiquei indignada com o número de casos que vi nessa última semana, como já disse no primeiro parágrafo.
PS2: Comente, deixe sua marquinha aqui :)