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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Friday 13


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__ Não se ouvia mais falar naquelas histórias. Era como se toda a vizinhança tivesse esquecido de tudo o que já havia acontecido naquela casa. Hoje ela parecia estar mais velha e abandonada do que nunca. Todas as folhas degeneradas, escuras caídas no chão, panfletos, algumas sujeiras no terraço e plantas secas, que um dia já foram flores. Isso sem mencionar as vidraças estouradas.
___ Dizem os moradores da pequena vila, que há alguns anos morava uma família naquela casa. E que a filha mais nova do casal, era terrivelmente perturbada. A pequena garota, tinha apenas 5 anos e era considerada um mistério entre os sensitivos, benzedeiro, padres e pastores. Nunca ninguém conseguia descobrir o que fazia a menina ter os estranhos comportamentos.
___ Ontem conversei com uma velha moradora do bairro, que conhecia a família de longas datas. Ela me contou que a casa deles era um pouco incomum, quando comparada às outras residências. A decoração, que era um pouco rudimentar, antiga, e meio assombrosa, predominava na casa. Eles haviam vindo de uma cidade pouco conhecida, do interior da Califórnia; ele era antropólogo e ela enfermeira. A filha deles, andava sempre com uma boneca em baixo do braço; uma boneca de porcelana vestida com trajes holandeses. Não importa onde ia, a boneca era obrigada a acompanhá-la. Passados alguns meses desde a mudança para aquela casa, a menina passou a raramente sair para a rua e quase toda madrugada os vizinhos relatavam ouvir gritos estridentes vindos de lá.
___ Um dia, a família pediu para que essa vizinha tomasse conta da criança por uma noite, enquanto iam para Califórnia a trabalho. Naquela noite, a vizinha assistia tranquilamente a TV naquela sala espaçosa, toda revestida de carpete e somente com a pouca luz que o candelabro oferecia. A menina já estava dormindo, em seu quarto todo com detalhes em rosa e móveis de cerejeira. Um ruído baixo, aparentemente vindo do sótão, que mais parecia um arranhão, despertou atenção na vizinha. Acostumada com a presença de pequenos roedores e alguns outros insetos que vagavam no sótão de todas as casas da vizinhança, ela não ligou. O barulho seguinte realmente assustou-a. Um grito de criança vindo do segundo andar da casa a fez subir imediatamente ao quarto da menina. Ao cruzar a porta, a viu com uma série de cortes e arranhões pelo corpo. E a boneca na mesinha de cabeceira.
___ A vizinha, apavorada bombardeou a garotinha de perguntas: "Minha querida, o que aconteceu? Quem fez isso com você? Me diz?" Como resposta ela ouviu apenas algumas palavras: "Mamãe disse que não pode contar". Ouvindo isso, a mulher estava mais confusa do que nunca. Limpou os ferimentos da menina e questionaria a mãe, quando chegasse, sobre o acontecido.
___ Na manhã seguinte, quando a mãe da garotinha chegou, a primeira coisa que ouviu da vizinha foi um questionamento sobre o que a mulher vira na noite passada. Sem saber o que fazer, a esposa colocou a mala de mão sobre o chão sentou-se na poltrona, respirou fundo e fez a vizinha, acima de tudo, prometer que nunca contaria a ninguém o que havia acontecido naquela noite. Assim, começou a se explicar, dizendo que só havia mudado da Califórnia depois de um grave acidente ocorrido em seu trabalho. Em uma noite, quando não havia médico nenhum de plantão no hospital, chegou uma criança, que havia sido esfaqueada. Sem saber o que fazer e sem ninguém para atender a criança, a mulher colocou em prática tudo o que sabia sobre primeiros socorros em casos como aquele. Mas a criança faleceu. Não necessariamente pelo esfaqueamento, mas sim pela falta de atendimento adequado que recebeu. Os pais da criança a culparam pelo acontecido e a ameaçaram de morte. Assim, ela se mudou daquela cidade.
___ Porém, o espírito da criança falecida, nunca a deixou em paz e segundo um sensitivo, ela estava disposta a fazer a mulher sentir toda a dor que os seus pais sentiram com a sua partida. E já que a boneca de porcelana era o xodó da filha da enfermeira, a alma da falecida incorporava todas as noites nela com a unica finalidade de mutilar a menininha aos poucos, até que ela morresse. A vizinha ficou em choque com a história, mas não havia nada que pudesse ser feito.
___ Uma semana depois, o bairro fica sabendo que a menina foi encontrada morta, vítima de um suposto assassinato, um esfaqueamento, para ser mais precisa. Mas a vizinha sabia que essa não era a verdade.

Beijos e me liga pra contar da sua sexta-feira 13 :*

PS: Ficou meio sem graça a história, mas só fiz por que queria postar alguma coisa relacionada a essa sexta-feira.
PS2: Eu vou colocar 'no ar' hoje uma enquete para saber se vocês preferem o blog com textos mais no estilo crônica/conto ou como estava antigamente. É muito importante a opinião de vocês, para que eu possa estar melhorando e agradando cada vez mais :)
PS3: Prometo que vou parar de escrever textos tãããão longos, ok? :S
PS4: Comente, deixe a sua marquinha aqui (:

9 comentários:

  1. HAHA adorei mesmo ....... tenso !

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  2. se eu nao durmir anoite a culpa é sua enh HSAUSHAUHU
    amo suas historias *-*

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  3. ns como vc é diabólicaa! KKKKKKK'
    Zueraaa! cuurti mto sua históriia, não ficou sem graça nãa vio (y)

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. owt, qê historia heim, gostei^^
    a historia ta otima, ficou grande mais valeu a pena ler!
    beeijo flor e otima semana

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  6. Amei isso, PARABÉNS ' . vs tem o dom, com as palavras ' :D ameei seu blog. visite o meu blog também,
    beijos -

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  7. tá vendo, é por isso que nunca fui muito fã de bonecas e afins; brincava de carrinho :P aehauiheuiahiuehai ficou ó-te-mo o post :)

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  8. uau, muito bomm :D

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  9. maligna! Você era a menina da casa não? hahahahaha. Ameei. te amo.

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Não leio mentes ainda, então não vou saber o que você achou a menos que comente.